Ela carrega com tudo;
A criança e o medo da doença.
A roupa lavada com lágrimas
...Os restos para o jantar;
O que conseguiu encontrar.
A crueldade do seu homem,
Adormecido pelo maruco,
Perdido por outras mulheres.
Ela carrega com tudo;
A cubata que vai abaixo,
Engolida pelos "senhores",
As torres que vê ao longe,
Feitas de vidro e ganância
O futuro em que não acredita,
O passado que só cheira a morte.
Mas ela carrega com tudo.
E vai direita, elegante, no seu andar.
E, apesar do tudo que ela carrega,
Ainda tem força para sonhar.
Gonçalo Afonso Dias
A criança e o medo da doença.
A roupa lavada com lágrimas
...Os restos para o jantar;
O que conseguiu encontrar.
A crueldade do seu homem,
Adormecido pelo maruco,
Perdido por outras mulheres.
Ela carrega com tudo;
A cubata que vai abaixo,
Engolida pelos "senhores",
As torres que vê ao longe,
Feitas de vidro e ganância
O futuro em que não acredita,
O passado que só cheira a morte.
Mas ela carrega com tudo.
E vai direita, elegante, no seu andar.
E, apesar do tudo que ela carrega,
Ainda tem força para sonhar.
Gonçalo Afonso Dias
(poeta arquitecto luso-angolano)
in Lusofonia Poética
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