MANHÃ - Luís Veiga Leitão
MANHÃ
-Bom dia. Diz-me um guarda.
Eu não
ouço...apenas olho
das chaves o
grande molho
parindo um riso
na farda.
Vómito
insuportável de ironia
Bom dia, porquê
bom dia?
Olhe, senhor
guarda
(no fundo a
minha boca rugia)
aqui é noite,
ninguém mora,
deite esse bom
dia lá fora
porque lá fora é
que é dia!
LuísVeiga Leitão
(in NOITE
DE PEDRA, Porto, 1955)
Poesia proibida,evidentemente!Abraço
ResponderEliminar