terça-feira, 29 de maio de 2012

20 maneiras de triunfar na vida

Ao deparar com a manchete de um matutino de “referênciaque uma percentagem mínima de desempregados se arrisca a criar o seu próprio emprego,


fui vasculhar no baú dos papéis velhos onde encontrei esta bóia de salvação.

 
20 maneiras de triunfar na vida
trabalhe para si mesmo
«Inicie uma indústria caseira, aproveitando a sua actividade, e ganhando o dinheiro que precisa para viver. Não hesite, não guarde para amanhã

enviei este precioso livro, velho mas muito actual e necessário, aos membros do governo, os quais prefiro designar de “governadorespela conotação que sugere com os serviçais dependentes de potências estrangeiras, e também não foi por mero acaso que escolhi as “240 Receitas para Tirar Nódoas”. Estesgovernadoressão nódoas que nos magoam e envilecem, temos que procurar fórmulas apropriadas, artesanais que sejam para os diluir. Compete a cada um de nós, mobilizando-nos, contribuir para uma limpeza total e absoluta da sujidade que não conseguem esconder.

Mas o melhor detergente encontra-se nesta fórmula.


E EM LISBOA NO DIA 16

quinta-feira, 24 de maio de 2012

QUANTOS SEREMOS?


QUANTOS SEREMOS?

Não sei quantos seremos, mas que importa?!
Um que fosse, e valia a pena.
Aqui, no mundo, alguém que se condena
A não ser conivente
Na farsa do presente
Posta em cena!

Não podemos mudar a hora da chegada,
Nem talvez a mais certa,
A da partida.
Mas podemos fazer a descoberta
Do que presta
E não presta
Nesta vida.

E o que não presta é isto, esta mentira
Quotidiana.
Esta comédia desumana
E triste,
Que cobre de soturna maldição
A própria indignação
Que lhe resiste.


Miguel Torga

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Um saco de gatos… num Manifesto


Sempre que a direita PS/PSD/CDS, se encontra sob a pressão do descontentamento popular, arregimenta as suas marionetas para repetir a farsa de sempre. Reunir a esquerda que tem estado a hibernar. A “esquerda livre.”

Porque isto de ser de esquerda, não obriga a uma actividade constante, encena-se o espectáculo quando o pagode anda irritado ou para passar tempo, assim pela fresquinha, numa de relaxe entre duas canecas e uns amuse-gueule.

O pressuposto, “livre” desta esquerda à trela, é em si uma seta envenenada com alvo bem definido, não fosse ela lançada por um arqueiro-mor fazedor de opinião ao serviço do Balsemão.

todos sabemos de cor o guião da cegada – nas cegadas há sempre um asno - e basta conhecer os actores para sabermos quando e como vai acabar o espectáculo, e a quem serve.

domingo, 13 de maio de 2012

LVCÍADAS - César Príncipe


LVCÍADAS

Canto a Irmã LvCIA Os bispos barrigudos Os santos pós-modernos e os santos recLvsos A ConVersão da Rússia As virgens inDecentes Canto a lvcidez da populaça lvsa Que veste roupa branca sobre a CUeca suja e deu a Volta ao Orbe Por razões eVidentes Canto a ImaCUlada e os canhões da NATO Os mercados abertos A Terra ao desbaRato Os heróis dos estádios e os votos deMentes Canto o iLustre peito da SenhOra do Leite Tudo que uma maDona (sem fornicar) deLeite Num país de varões ImortAis e valEntes Canto esta Casa Pia de infantes e espumas A cruz das caraVelas nas procissões noctUrnas As lvcidas donzElas apalpadas por crentes Canto Outra Cruzada A Nova Cristandade A da Pomba da Paz da ocidental jihad Pregando no deserto com armas e seMentes Canto a no Petróleo Os segredos da CIA O Século dos USA e o Mês de Maria A riqueza das pátrias e almas indiGentes Canto esta Lvcitânia de laraAnjas e rosas De banqueiros-templários e de monjas manhosas Os venERAndos mestres dos nossos diriGentes

Cantemos o Adeus
Cantemos o Ave
Nesta EurOpa Sem Deus
Neste Mundo Sem Fé
César Príncipe, Lycíadas,  Seara de Vento, 2007)