A
o
e
e incandesce no
Tens uns
dessa
Manuel Gusmão
A
o
e
e incandesce no
Tens uns
dessa
Manuel Gusmão
PARASITAS
No meio duma feira, uns poucos de palhaços
Andavam a mostrar, em cima dum jumento
Um aborto infeliz, sem mãos, sem pés, sem braços,
Aborto que lhes dava um grande rendimento.
Os magros histriões, hipócritas, devassos,
Exploravam assim a flor do sentimento,
E o monstro arregalava os grandes olhos baços,
Uns olhos sem calor e sem entendimento.
E toda a gente deu esmola aos tais ciganos:
Deram esmola até mendigos quase nus.
E eu, ao ver este quadro, apóstolos romanos,
Eu lembrei-me de vós, funâmbulos da cruz,
Que andais pelo universo, há mil e tantos anos,
Exibindo, explorando o corpo de Jesus.
O PAPÃO
As crianças têm medo à noite, às horas mortas,
Do papão que as espera, hediondo, atrás das portas,
Para as levar no bolso ou no capuz dum frade.
Não te rias da infância, ó velha humanidade,
Que tu também tens medo ao bárbaro papão,
Que ruge pela boca enorme do trovão,
Que abençoa os punhais sangrentos dos tiranos,
Um papão que não faz a barba há seis mil anos,
E que mora, segundo os bonzos têm escrito,
Lá em cima, detrás da porta do infinito!
Guerra Junqueiro
(A Velhice do Padre Eterno)
Tantas veces
Tantas veces
Sin
Después de un año
Y seguí cantando
Cantando al
Después de un año
Bajo la tierra
Tantas veces
Tantas resucitarás
Cuantas noches pasarás
Y a la
Y la de la oscuridad
Alguien
Cantando al
Después de un año
A
Tantas
Tantas
Ressuscitando
E à
E segui cantando
Cantando ao
Tantas
Tantas desapareci
Ao
Fiz
E segui cantando
Cantando ao
Tantas
Tantas ressuscitarás
Quantas
Desesperando
E à
E à da
Cantando ao
Maria