SÃO
MÃOS
QUE
TRABALHAM
São
mãos
que
trabalham.
São
de homens
que
puxam barcos,
guiam máquinas,
arrancam
pedras,
martelam nas ruas.
Estas
mãos
têm dores.
As
mãos
com
feridas
têm saudades
da água
fresca,
das
flores,
da língua
dum cão,
das penas
dum passarinho.
Os
homens
destas mãos
são
tristes.
Têm fome,
têm sede,
gostavam
de acordar
um
dia
e descansar
de manhã
à noite.
Gosto
muito
das mãos
das pessoas
que
trabalham.
Estas
mãos
fazem lembrar
um
coração
com
susto.
(Alberto Macedo 1966)
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