Definhava a vida na pobreza.
Aferrolhado o sonho fazia-se pesadelo.
O pobre nada abraça
no mundo nada tem que possa chamar seu.
Deformado era o tempo pela violência e pela dor.
Cada dia uma máscara de lama e barro.
O cego perde-se e não pode ver.
Aquele que tem olhos é cegado pelo que vê.
Tudo em que tocávamos envilecia.
E nada era certo ou digno de confiança.
Matamos a nossa sede no suor uns dos outros
e damo-nos a comer privações e fome.
Só as crianças saúdam o novo dia
e estendem mãos inocentes.
Um dia esqueceremos a nossa derrota
e neles encontraremos confiança e paz.
Halfdan Rasmussen
(trad. do dinamarquês por H. H. S. e Lima de Freitas
Aferrolhado o sonho fazia-se pesadelo.
O pobre nada abraça
no mundo nada tem que possa chamar seu.
Deformado era o tempo pela violência e pela dor.
Cada dia uma máscara de lama e barro.
O cego perde-se e não pode ver.
Aquele que tem olhos é cegado pelo que vê.
Tudo em que tocávamos envilecia.
E nada era certo ou digno de confiança.
Matamos a nossa sede no suor uns dos outros
e damo-nos a comer privações e fome.
Só as crianças saúdam o novo dia
e estendem mãos inocentes.
Um dia esqueceremos a nossa derrota
e neles encontraremos confiança e paz.
Halfdan Rasmussen
(trad. do dinamarquês por H. H. S. e Lima de Freitas
Lima de Freitas / 1964 e poema de
Halfdan Rasmussen
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