quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Deve-se amar o perto



Deve-se amar o perto

O homem
chegou à
lua, e ao sol
e ao
fundo do mar,
e
Londres tem a população do meu país,
e nisso
nemmal...
mas quando eu vou a Barroselas do Minho
e a D. Felisbina
me recebe contente
na
Primavera da sua quinta,
eu penso na D. Felisbina
e
amo a sua cabeça branca.
Depois vou passear pelos sítios do ano passado,
e
cada folha é um universo.
Então o sol esconde-se
e é a
vez dos pinheiros serem divinos sob as estrelas.

Eduardo Valente da Fonseca


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