segunda-feira, 19 de maio de 2014

19 de Maio de 1954 - CATARINA EUFÉMIA

CINQUENTENÁRIO DO ASSASSINATO DE
CATARINA EUFÉMIA


O poema de Eduardo Valente da Fonseca  (1928-2003) é o mais antigo em publicação (Maio de 1966); talvez antecedido pelo do Alexandre O´Neill, que foi o último a ser divulgado.
 
Deve tratar-se de uma edição semi-clandestina de pequena tiragem e distribuída clandestinamente.


UNIDOS, CAMARADAS


Cala-te amigo
Ouve... é a flor do trigo
Chorando CATARINA assassinada
Cala-te amigo
Nós não somos flor de trigo
Choremos doutro modo camarada

Que sejam nossas lágrimas passadas de firmeza
No posto de combate dos nossos ideais
RUMO À VITÓRIA até que não haja nunca mais
Quadrilhas de assassinos na terra portuguesa

Cala-te amigo! Forjemos na unidade
De CATARINA o sonho de rutila beleza
UM PORTUGAL FELIZ EM PAZ E LIBERDADE.


Muitos mais poetas dedicaram poemas a Catarina Eufémia - António Ferreira Guedes, Carlos Aboim Inglez, José Carlos Ary dos Santos, Sophia de Mello Breyner Andresen, entre muitos outros. O de Sophia é particularmente belo. Mas hoje só quis referir-me aos que foram Papiniano Carlos,  escritos antes de 25 de Abril de 1974 em circunstâncias diferentes. Muito diferentes.



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