O poema de Eduardo Valente
da Fonseca (1928-2003) é o mais
antigo em
publicação (Maio de 1966); talvez antecedido pelo do
Alexandre O´Neill, que foi o último a ser divulgado.
Deve tratar-se de uma edição
semi-clandestina de pequena tiragem e distribuída clandestinamente.
UNIDOS, CAMARADAS
Cala-te amigo
Ouve... é a flor do trigo
Chorando CATARINA assassinada
Cala-te amigo
Nós não somos flor de trigo
Choremos doutro modo camarada
Que sejam nossas lágrimas passadas de firmeza
No posto de combate dos nossos ideais
RUMO À VITÓRIA até que não haja nunca mais
Quadrilhas de assassinos na terra portuguesa
Cala-te amigo! Forjemos na unidade
De CATARINA o sonho de rutila beleza
UM PORTUGAL FELIZ EM PAZ E LIBERDADE.
Muitos mais poetas
dedicaram poemas a Catarina Eufémia -
António Ferreira Guedes, Carlos Aboim
Inglez, José Carlos Ary dos Santos,
Sophia de Mello Breyner Andresen, entre muitos outros.
O de Sophia é particularmente belo. Mas hoje só quis
referir-me aos que foram Papiniano
Carlos, escritos antes de 25 de Abril
de 1974 em circunstâncias
diferentes. Muito
diferentes.
Sem comentários:
Enviar um comentário