"Loucuras"
Há
loucuras para a esperança,
Há
loucuras também de dor.
E
há loucuras de além,
De
onde a lucidez não alcança,
Loucuras
de outra cor.
Há
loucuras que são poesia,
Há
loucuras de um estranho lugar.
Há
loucuras sem nome,
Sem
data, sem cura,
Que
não vale a pena curar.
Há
loucuras que são
Como
braços de mal:
Surpreendem-te,
arrastam-te,
Perdem-te
por lá.
Há
loucuras de lei,
Mas
não de procurar.
Há
loucuras que são a loucura:
Pessoais
loucuras de dois.
Há
loucuras que imprimem
Doces
queimaduras,
Loucura
de Deusa e de Deus.
Há
loucuras que fizeram o dia
Há
loucuras que estão para vir.
Há
loucuras tão vivas,
Tão
sãs, tão puras,
Que
uma delas será minha morte.
Locuras
Hay locuras para la esperanza,
Hay locuras también del dolor.
Y hay locuras de allá,
Donde el cuerdo no alcanza,
Locuras de otro color.
Hay locuras que son poesía,
Hay locuras de un raro lugar.
Hay locuras sin nombre,
Sin fecha, sin cura,
Que no vale la pena curar.
Hay locuras que son
Como brazos de mal:
Te sorprenden, te arrastran,
Te pierden y ya.
Hay locuras de ley,
Pero no de buscar.
Hay locuras que son la locura:
Personales locuras de dos.
Hay locuras que imprimen
Dulces quemaduras,
Locuras de Diosa y de Dios.
Hay locuras que hicieron el día,
Hay locuras que están por venir.
Hay locuras tan vivas,
Tan sanas, tan puras,
Que una de ellas será mi morir.
Compositor: Silvio Rodriguez
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