3.
Poema com
dedicatória para Alberto Martins
foi em Coimbra que Abril se abriu
com flores entregues ao povo
negras capas em negros tempos
foi em Coimbra que Abril floriu
antes de ser útil e de novo
as lágrimas foram semeadas
como gotas de chuva caindo no rio
em círculos desdobrando
novas canções ao vento cantadas
palavras certas em tempo incerto
como dizer: “peço a palavra” – punhal
lâmina de coragem submerso
na liberdade dos pensamentos
- escolher entre a cinza e a cal
entre a guerra e a paz entre a dor
e o prazer da alegria
entre o pranto e o amor
entre estar só ou na multidão
ser noite de breu ou cor do dia
- enfim ser o cravo
semente do nosso coração
(de “Imaginação da Memória, 2024 ANTÓNIO MANUEL
LOPES DIAS, “POEMAS DE ABRIL – 50 ANOS”)
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