terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Aleksandr Púchkin

Exiit qui seminat seminare semen suun.

Ermo semeador da liberdade,
Saí
sozinho, antes da estrela;
Com a mão límpida e sem pecado,
Nos sulcos da terra escravizados
Lancei o
grão vivificante –
Pena perdida: perdi meu tempo,
Meus bons desígnios e meus cuidados

Pastai
então, povos mansos, pastai!
Não vos acorda o clamor da honra.
Os
dons da liberdade a um rebanho
À
matança ou tosquia destinado?
Vossa herança é, por todo o sempre,
O
jugo de chocalhos e a aguilhada.

Aleksandr Púchkin
(tradução de Nina Guerra e Filipe Guerra)

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