Liberdade querida e
suspirada
Liberdade
querida e suspirada,
Que
o Despotismo acérrimo condena;
Liberdade,
a meus olhos mais serena,
Que
o sereno clarão da madrugada!
Atende
à minha voz, que geme e brada
Por
ver-te, por gozar-te a face amena;
Liberdade
gentil, desterra a pena
Em
que esta alma infeliz jaz sepultada;
Vem,
oh deusa imortal, vem, maravilha,
Vem,
oh consolação da humanidade,
Cujo
semblante mais que os astros brilha;
Vem,
solta-me o grilhão da adversidade;
Dos
céus descende, pois dos Céus és filha,
Mãe
dos prazeres, doce Liberdade!
Manuel Maria Barbosa du Bocage
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