Na véspera
Na véspera de nadaNinguém me visitou.
Olhei atento a estrada
Durante todo o dia
Mas ninguém vinha ou via,
Ninguém aqui chegou.
Mas talvez não chegar
Queira dizer que há
Outra estrada que achar,
Certa estrada que está,
Como quando da festa
Se esquece quem lá está.
Fernando
Pessoa
1 comentário:
Tudo se move
até o vento
Abraço
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