sexta-feira, 15 de maio de 2015

Rita Lello – actriz e encenadora - Para continuar Abril

Rita Lelloactriz e encenadora


«Somos muitos muitos mil . É com esta confiança e com uma imensa alegria que apoio a CDU e vou participar, a 6 de Junho, na Marcha Nacional “A Força do Povo”».
 
«Engenharia social
O grito de guerra dos professores em luta pelo direito a ensinar numa escola digna - sujeita neste último ano a um ataque sem precedentes mas que vinha a ser criteriosamente preparado por anteriores ministérios de Ferreira Leite a Maria de Lurdes Rodrigues e agora Nuno Crato – é distorcido pelos politólogos de trazer por casa enquanto o Governo tapa buracos com argumentações casuísticas que apelam à desinformação dos cidadãos e à deturpação do que realmente importa: a destruição da escola pública democrática, plural, eclética, formadora de cidadãos conscientes, participativos, cultivados, preparados para contribuírem para o enriquecimento do seu país independentemente do berço em que nasceram, em prol da construção de uma escola que promove a desigualdade e a assimetria social e que irá desembocar forçosamente no retorno à iliteracia que a escola pública construída a partir de Abril erradicou do nosso País.
Porque o despedimento massivo de professores, a criação dos mega agrupamentos, o aumento da carga horária dos docentes, a fixação do número de 30 alunos por turma, a não atribuição de tempo para a direcção de turma é uma estratégia ideológica que tem sido levada a cabo para tornar a escola pública insustentável e que impede que esta seja um espaço pessoal em que os professores conhecem os alunos pelo nome, identificam as suas aptidões e necessidades, têm o tempo, a disponibilidade, a criatividade e o empenho necessários para desenvolver a sua missão de construtores do futuro.
O desmantelamento da escola pública, a privatização do ensino que está posta em marcha, o retorno ao modelo das escolas técnicas ou profissionais terá como resultado a criação de um regime de ‘apartheid' em que os filhos de quem tem dinheiro terão acesso a uma educação condigna e plural e os filhos de quem não tem serão forçados a entrar prematuramente num mercado de trabalho que mais não é que a antecâmara do desemprego pela sua precariedade e ausência de regulação ou a enveredar por vias de ensino profissionalizante duvidosas.
Este modelo de sociedade por castas, imutável, só pode conduzir à estagnação do País e ao empobrecimento social e económico de Portugal.
Rita Lello, Actriz»

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