segunda-feira, 7 de junho de 2021

AO ROSTO VULGAR DOS DIAS - Alexandre O’Neill

AO ROSTO VULGAR DOS DIAS

 

Monstros e homens lado a lado,

Não à margem, mas na própria vida.

 

Absurdos monstros que circulam

Quase honestamente.

 

Homens atormentados, divididos, fracos.

Homens fortes, unidos, temperados.

*

Ao rosto vulgar dos dias,

À vida cada vez mais corrente,

As imagens regressam já experimentadas,

Quotidianas, razoáveis, surpreendentes.

*

Imaginar, primeiro, é ver.

Imaginar é conhecer, portanto agir.

Alexandre O’Neill


 

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