Só (livre)
O meu anjo da guarda morreu há muito
Sim, fui eu quem assim o quis
As suas asas deixavam-me encoberto
Por isso matei-o e finalmente o desfiz
Ele tinha-me oferecido protecção
Incómoda como uma torneira
Pingando a noite inteira
Proporcionou-me Luz, mas uma luz de neón
E com uma cortina de madeira
Escondia-me a janela verdadeira
Proteger é impor um limite decretório
Eu decido se quero ascender ao Céu
Ou se quero afundar-me no Purgatório
E foi por isso que matei esse anjo meu.
Ricardo José
Pinho
email: pinho@myself.com
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