Salinas
Junto ao mar, uma sentinela
a arma apontou
na mira do sal – era de madrugada,
em Ambriz.
Sabido o disfarce, deixou
de fazer vigias,
recolheu à cela.
Este soldado tinha,
já nesse tempo,
a noção exacta da fraternidade,
do amor.
E em guerra, isso
é um crime – diz-se.
(1978), Corpo de Delito.
Coimbra: Centelha, p. 57.
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