A SOMBRA NOS MAPAS: O TEMPO
o brilho inapagável de um gesto suspenso
e depois a bruma no lugar do rosto que lá não está.
não saberemos nunca como repetir tal brilho
nem como pedir-te essa metamorfose do terceiro corpo
que voa oblíquo no sobressalto destes dois nossos
e incandesce no passado que toda a morte não promete.
Tens uns joelhos assim.
não há luz que chegue para dizer o que nos pode fazer
um mar atravessado nos ombros e caindo como a noite
dessa cabeça nocturna, em chamas.
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