sexta-feira, 13 de julho de 2018

A LÂMPADA - Bábrio

A LÂMPADA

Uma lâmpada cheia de azeite vangloriava-se,
uma noite, perante os que passavam ao pé de si,
que era superior à estrela da manhã,
pois projectava uma luz mais forte que todas.
De repente, sacudida por um sopro de vento
que se levantou, apagou-se. Alguém, que a reacendeu,
disse-lhe: "Brilha, mas deixa-te estar calada, ó lâmpada;
a luz dos astros, essa, não morre".

Antologia da Poesia Grega Clássica (2009:465).
Tradução e notas de Albano Martins.
Lisboa, Portugália Editora.

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