quarta-feira, 24 de julho de 2019

AO ROSTO VULGAR DOS DIAS - Alexandre O'Neill



AO ROSTO VULGAR DOS DIAS

Monstros e homens lado a lado,
Não à margem, mas na própria vida.

Absurdos monstros que circulam
Quase honestamente.

Homens atormentados, divididos, fracos.
Homens fortes, unidos, temperados.

Ao rosto vulgar dos dias,
À vida cada vez mais corrente,
As imagens regressam já experimentadas,
Quotidianas, razoáveis, surpreendentes.

Imaginar é conhecer, portanto agir.




In "No Reino da Dinamarca"

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