Um pedreiro à hora do almoço
Dois pedreiros erguem as paredes
de uma cave sobre um pedaço de terra
cavado
há pouco atrás de uma velha casa de
madeira
com espigões castanhos invadidos por hera
numa rua sombria de Denver. É meio -dia
e um deles afasta -se devagar. O pedreiro
aprendiz descansa lânguido por
momentos depois de comer uma sanduíche
e de atirar com o saco de papel. Está
de macacão e nada o cobre acima
da cintura; tem cabelo amarelo e traz
na cabeça um boné surrado vermelho
vivo. Languidamente, senta -se no cimo
a parede num escadote encostado
entre as coxas, a cabeça
inclinada, fitando desinteressado
saco de papel pousado na relva. Passa
a mão pelo peito, e depois
esfrega devagar os nós dos dedos no
queixo, e baloiça para trás e para a
frente
sobre a parede. Um pequeno gato aproxima
-se
ao longo da parede. Agarra
o gato e, por instantes, com o boné
cobre o corpo do gatinho.
Entretanto escurece como se fosse chover
e o
vento no cimo das árvores ao longo da
rua
insinua-se como que violentamente.
Denver, Verão 1947
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