segunda-feira, 29 de abril de 2024
domingo, 28 de abril de 2024
Canção do Soldado, Adriano Correia de Oliveira
Canção do Soldado
Sete balas só na mão
Já começa amanhecer.
Sete flores de limão
Pra lutar até vencer.
Sete flores de limão
Pra lutar até morrer.
INSTRUMENTAL
Já estremece a tirania
Já o sol amanheceu.
Mil olhos tem o dragão
Há chamas d'oiro no céu.
Mil olhos tem o dragão
Há chamas d'oiro no céu.
INSTRUMENTAL
Abre no peito o luar
Companheiros acercai-vos.
Arde em nós a luz do dia
Companheiros revezai-vos.
Arde em nós a luz do dia
Companheiros revezai-vos.
INSTRUMENTAL
Já o rouxinol cantou
Tomai o nosso estandarte.
No seu sangue misturado
Já não há desigualdade.
No seu sangue misturado
Já não há desigualdade.
INSTRUMENTAL
Sete balas só na mão
Já começa a amanhecer.
Sete flores de limão
Para lutar até vencer.
Adriano Correia de Oliveira e Urbano Tavares Rodrigues
quinta-feira, 25 de abril de 2024
quarta-feira, 24 de abril de 2024
Os nomes novos - Inês Lourenço
Os nomes novos
Na primeira manhã da revolução
todos os nomes mudaram. As tuas mãos
eram pássaros os teus braços asas
os teus lábios átrios de canções que
sobrevoavam
alegrias irrecusáveis. Os milagres
sucediam-se
sem qualquer comando divino. Os desapossados
de tudo eram providos da maior esperança. As
flores
não murchavam. Os peixes multiplicavam-se
na brasa diária dos afetos. Nas manhãs
seguintes
acordávamos sempre à espera da queda
de mais um velho costume repressivo. A garganta
habitava todas as palavras que lutavam
contra os velhos saberes quantitativos
que só perguntavam quantos dólares tem um
lucro
ou quantos litros tem um almude. Trocámos o
nome
das praças das pontes e das avenidas. Levantámos
as cabeças curvadas com vozes ao alto. A Utopia
do Bem e da Esperança invadia-nos o peito
e nenhuma morte se atrevia a silenciar
este novo país contaminado de Futuro.
quinta-feira, 18 de abril de 2024
Canção da esperança - Arquimedes da Silva Santos
DESFILE POPULAR DO 25 DE ABRIL - 15H00 MARQUÊS DE POMBAL/ROSSIO
Canção da esperança
Corações nossos faróis
Na noite desta batalha
Num refulgir de navalha
Rasgai o véu aos heróis.
As nuvens hão-de passar!
Penetra-as o sol da alma
Para além do próprio olhar.
E os medos de arrefecer
Espanta-os um peito calmo
À firmeza de vencer.
Os golpes de viva dor
Temperam a fé futura
Constante forjam o amor.
E as quedas não são fatais
Se a chama desta aventura
Em nós cresce ainda mais.
A luta nunca foi vã!
Os braços em liberdade
Levantam outro amanhã.
E os lábios dão a florir
Os hinos desta verdade:
É de acção nosso porvir.