Absoluto em coerência
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quem toca numa banda não é bandido
nem carece de uma fila
o filarmónico
mas quem não entrar na banda é banido
se de si não der um tom em dó harmónico
quem tem uma venda
não é vendido
mas se vendar um olho é zarolho
e ao vender os dois caso perdido
não valendo trocar um por outro olho
quem vive na corte não é cortina
por mais que se arvore em
reposteiro
mas se optar por uma vida
de rotina
não se estima que vá além
de rotineiro
e se algum for
ao fundo não
é fundado
nem o mergulho fará dele um
mergulhão
o mais certo é ficar todo molhado
e deixar de si um rasto pelo chão
pessoano talvez
sim mas
mais pessoa
sentir em si um Eça em que tropeça
e mesmo sem ser ave a alma lhe voa
ao ser pessoa
assim… – essa é que
é essa!
Jorge Castro
26 de Dezembro
de 2013
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quinta-feira, 10 de abril de 2014
Absoluto em coerência - Jorge Castro
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