Vamos, pátria,
caminhemos
Vamos, pátria,
caminhemos, eu te
acompanho.
Descerei aos abismos
que me
indiques.
Beberei teus cálices amargos.
Ficarei cego para que tenhas olhos.
Ficarei sem voz para que cantes.
Hei-de morrer para que não morras,
para que
o teu rosto
emerja flamejante no horizonte
de cada flor que nasça
dos meus ossos.
Tem que ser assim, é indiscutível.
Já me
cansei de comigo levar
as tuas lágrimas.
Agora quero caminhar
contigo, relampejante.
Acompanhar-te no teu
caminho, porque
sou um homem
do povo,
nascido em Outubro
para a face
do mundo.
Ai, pátria.
Aos coronéis que
mijam os teus muros
temos que os arrancar pela raiz,
pendura-los numa árvore
coberta de geada,
com a ira
do povo.
Por ele
peço que caminhemos juntos.
Sempre
com os camponeses
e os operários,
Com quem
tenha um coração
para querer-te.
Vamos, pátria,
caminhemos, eu te
acompanho.
Otto René Castillo
Vámonos patria a caminar
Vámonos patria a caminar, yo te acompaño.
Yo bajaré los abismos que me digas.
Yo beberé tus cálices
amargos.
Yo me quedaré ciego para
que tengas ojos.
Yo me quedaré sin voz para que tú cantes.
Yo he de morir para que
tú no mueras,
para que emerja tu rostro
flameando al horizonte
de cada flor
que nazca de mis
huesos.
Tiene que ser
así, indiscutiblemente.
Ya me cansé de llevar tus lágrimas
conmigo.
Ahora quiero caminar contigo,
relampagueante.
Acompañarte en tu jornada, porque
soy un hombre
del pueblo, nacido en octubre para la faz del mundo.
Ay, patria,
a los coroneles que
orinan tus muros
tenemos que arrancarlos de raíces,
colgarlos en un árbol de rocío agudo,
violento de cólera
del pueblo.
Por ello pido que
caminemos juntos. Siempre
con los campesinos agrarios
y los obreros sindicales,
con el que tenga un corazón para quererte.
Vámonos patria a caminar, yo te
acompaño.
2 comentários:
Pelo sonho acordado é que vamos
Editei este poema numa CORRENTE DE POESIA
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