(Nas Estradas do Nordeste aos 42 min, e outras canções)
Nas Estradas do Nordeste
Nas
estradas do Nordeste
Tanto
causo pra contar
Estórias
de vida e morte
Contos
pra gargalhar
Memória
de gente forte
Fraquezas
para aguentar
Tristezas
que varrem a alma
Saudade
até faz chorar
Fazer
arte desta lida
É
a sorte de inventar
É
cantar a morte e a vida
É
sorrir e é chorar
Eu
vi menino e menino
Sem
terço, berço nem lar
Compondo
a própria sina
Sem
versos para rimar
Eu
vi velho sem história
Sem
um bem pra consolar
Vi
um país sem memória
Sem
futuro pra sonhar
Mulheres
de garra e fibra
Homens
de muita valia
Gente
de tanta presteza
Terra
de muita alegria
Lugar
de tanta esperança
Que
não se cansa jamais
De
esperar melhores dias
De
benção, fartura e paz
A
juventude é roseira
Que
precisa de carinho
Para
crescer por inteira
E
pra seguir seu caminho
Amando
e querendo bem
A
esta terra querida
Lutando
pela injustiça
Consciente
e destemida
No
céu azul do Nordeste
Escrevi
o meu poema
Para
aquele cabra da peste
O
rapaz da cor morena
Do
sol vem todo o calor
Que
o amor pode tomar
Para
não morrer de dor
E
os corações esquentar
No
céu, na terra, no mar
Em
qualquer lugar que seja
Que
o visitante chegar
O
Nordeste tem beleza
A
natureza é tão linda
E
ainda teima em viver
Toda
presença é bem-vinda
Sendo
para o bem trazer
Dignidade
é meu nome
Sobrenome
é Nordestina
Sou
parceira da verdade
Sou
assim desde menina
Para
mim, pra esta terra
Que
quero cumplicidade
Sou
inimiga da guerra
E
amante da liberdade