Exiit qui seminat seminare semen suun*
Ermo semeador da liberdade,
Saí sozinho, antes da estrela;
Com a mão límpida e sem pecado,
Nos sulcos da terra escravizados
Lancei o grão vivificante –
Pena perdida: perdi meu tempo,
Meus bons desígnios e meus cuidados…
Pastai então, povos mansos, pastai!
Não vos acorda o clamor da honra.
Os dons da liberdade a um rebanho
À matança ou tosquia destinado?
Vossa herança é, por todo o sempre,
O jugo de chocalhos e a aguilhada.
Ermo semeador da liberdade,
Saí sozinho, antes da estrela;
Com a mão límpida e sem pecado,
Nos sulcos da terra escravizados
Lancei o grão vivificante –
Pena perdida: perdi meu tempo,
Meus bons desígnios e meus cuidados…
Pastai então, povos mansos, pastai!
Não vos acorda o clamor da honra.
Os dons da liberdade a um rebanho
À matança ou tosquia destinado?
Vossa herança é, por todo o sempre,
O jugo de chocalhos e a aguilhada.
1823
(tradução de
Nina Guerra e Filipe Guerra)
Tomás de Aquino, Sermão
* “Exiit qui seminat seminare semen suum”
“O semeador saiu a semear a sua semente”
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