Começo por
invocar Walt Whitman
É por acção de amor ao meu país
que te reclamo, ó necessário irmão,
velho Whitman da cinzenta mão,
para que, com teu apoio extraordinário,
verso a verso, matemos de raiz
Níxon, o presidente sanguinário.
Sobre a terra não há homem feliz,
ninguém trabalha bem no planeta
se em Washington respira o seu nariz.
Pedindo ao velho bardo que me invista,
os meus deveres assumo de poeta
armado do soneto terrorista,
porque devo ditar sem pena alguma
a sentença até agora nunca vista
de fuzilar um criminoso ingente
que apesar das suas viagens para a lua
já matou na terra tanta gente,
que até foge o papel e a pena se alevanta
ao escrever o nome do maldito,
do genocida, o da Casa Branca.
É por acção de amor ao meu país
que te reclamo, ó necessário irmão,
velho Whitman da cinzenta mão,
para que, com teu apoio extraordinário,
verso a verso, matemos de raiz
Níxon, o presidente sanguinário.
Sobre a terra não há homem feliz,
ninguém trabalha bem no planeta
se em Washington respira o seu nariz.
Pedindo ao velho bardo que me invista,
os meus deveres assumo de poeta
armado do soneto terrorista,
porque devo ditar sem pena alguma
a sentença até agora nunca vista
de fuzilar um criminoso ingente
que apesar das suas viagens para a lua
já matou na terra tanta gente,
que até foge o papel e a pena se alevanta
ao escrever o nome do maldito,
do genocida, o da Casa Branca.
(de Incitamento
ao Nixonicídio e louvor da Revolução Chilena,
tradução de Alexandre O’Neill,
Agência
Portuguesa de Revistas, 1975
original: Incitación al nixonicidio y
alabanza de la revolución chilena, 1973)
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