Como
lobos de súbito
Como lobos
de súbito
irrompem na planície citadina
carregados de morte
irrompem na planície citadina
carregados de morte
Seu nome
é violência
Trazem nas mãos mortíferos
sinais
e de órbitas vazias
e de órbitas vazias
caminham
em silêncio
envoltos na terrível solidão
do crime encomendado
envoltos na terrível solidão
do crime encomendado
Marginam
as esquinas
escondem o rosto sob aço liso
dos negros capacetes
escondem o rosto sob aço liso
dos negros capacetes
e
anónimos ocultos
pela espessa cortina de ódio e névoa
como robots avançam
pela espessa cortina de ódio e névoa
como robots avançam
A morte engatilhada
espera o momento de partir Agora
Cumpra-se o ritual
espera o momento de partir Agora
Cumpra-se o ritual
Uma voz grita Viva
a liberdade O coro lhe responde
pontuados de tiros
a liberdade O coro lhe responde
pontuados de tiros
Canalhas Temos fome
Arranquemos as pedras da calçada
Ó meu amor resiste
Arranquemos as pedras da calçada
Ó meu amor resiste
Resiste
os olhos secos
Sem lágrimas Sem medo Só talhada
no sílex da ira
Sem lágrimas Sem medo Só talhada
no sílex da ira
Pronta a dar corpo ao sonho
e entanto testemunha do martírio
companheira e amante
e entanto testemunha do martírio
companheira e amante
De mãos dadas cantando
abrimos flores às balas assassinas
merecemos a vida
abrimos flores às balas assassinas
merecemos a vida
Sem comentários:
Enviar um comentário