Liberdade querida e suspirada
Liberdade
querida e suspirada,
Que o Despotismo acérrimo condena;
Liberdade, a meus olhos mais serena,
Que o sereno clarão da madrugada!
Atende
à minha voz, que geme e brada
Por ver-te, por gozar-te a face amena;
Liberdade gentil, desterra a pena
Em que esta alma infeliz jaz sepultada;
Vem,
oh deusa imortal, vem, maravilha,
Vem, oh consolação da humanidade,
Cujo semblante mais que os astros brilha;
Vem,
solta-me o grilhão da adversidade;
Dos céus descende, pois dos Céus és filha,
Mãe dos prazeres, doce Liberdade!
1 comentário:
Eis um belo Soneto do nosso Poeta:- "Magro, de olhos azuis, carão moreno, bem servido de pés, meão na altura"... em que ele coloca um sentido dúbio na doce Liberdade. Ou não fosse ele, o Bocage!!
Bom fim-de-semana.
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