As paredes em falta
Nos
prédios bombardeados (por exemplo: nos Balcãs)
é fácil de figurar as celas
em que vivemos. Blocos altos sem fachada
(desde os dias da guerra)
tornam-no mais evidente: quartos cúbicos
exíguos
aos quais falta uma parede –
essa que dá para a fuga
que mostra a liberdade. Mas isso é
nos sítios
da guerra. Nos lugares em paz
os banqueiros (e os cobradores de impostos)
brincam com os moradores
(privando-os de quatro paredes!)
como quem brinca às casinhas com
uma casa de bonecas
dessas que há nos museus ricos do Norte
da Europa.
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