Elevo meus olhos aos céus, onde percebo não haver socorro.
Em desespero busco refrigério ao redor.
Ó, terra inóspita que esvai o respirar dos pulmões dos meus amados.
Sobrepuja o andar saltitante e oferece um lamaçal de morte.
Terra cujo gorjeio das aves é o prenúncio de morte e tenebrosa desgraça.
Oh terra infértil e incandescente, castiga os pés do retirante ansioso pelo repouso;
Terra que impede a lágrima que do corpo murcho coletou.
Terra ingrata que muitas mãos calejaram na labuta,
Adentrando em sua veia buscando energia para o corpo alimentar;
Amargo sabor do fel, sem doçura encontrar.
Cansado, moribundo e destituído do prazer simples de viver.
Tu terra ingrata, zomba do meu desejar;
O sol repousa e levanta a noite agourenta, olhos ainda elevados aos céus;
Ouve o clamor deste sofredor, Terra da desesperança!
De coração ardente e ansioso, sangra a preciosa esperança;
Perseguidor da vida, vulgo retirante, alma quebrantada a sussurrar;
Não permita que`u morra sem a herança do bom viver alcançar.
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