Visão da América
América eu dei-te tudo e agora não sou nada.
América dois dólares 27 centavos 17 de janeiro, 1956
América não aguento mais minha própria mente.
América quando acabaremos com a guerra humana?
Vai-te foder com tua bomba atómica.
Não estou com paciência, não me chateeis.
Não escreverei o meu poema enquanto não me sentir bem.
América quando é que serás angelical?
Quando tirarás a roupa? Olhas-te através
do túmulo?
Quando merecerás o teu milhão de trotskistas?
América por que é que as tuas bibliotecas estão cheias de lágrimas?
América quando mandarás teus ovos para a Índia?
Estou cheio das tuas exigências malucas.
A tua maquinaria é demais para mim.
fizeste-me querer ser santo...
tradução de Claudio Willer
1ª edição - Inverno de 1984
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