sexta-feira, 18 de agosto de 2023

MEU POEMA PARA A MESTIÇA - António Cardoso

 

MEU POEMA PARA A MESTIÇA

 

Este é o meu poema para a mulata

Sem palavras exóticas, ou não:

“Mulata flor do vício e do prazer,

Mulata crime e maldição”...

Isso é tema cansado

De poeta de açoite

E colonialismo pela mão...

Desalienado,

Quero-te na dimensão

De mulher, esposa, mãe, filha, amada,

Numa humana condição

António Cardoso

 

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