VÍDEO-GAME
Para
Domingos Guimaraens
E
quantos campeões de vídeo-game não são perdedores na vida? Afinal que delicada
poesia é essa que evapora fácil e ainda assim é poesia, mais real que o real. Deuses
de vidro, igrejas de sal. Vídeo-games deveriam se chamar dilúvios azuis. Que delicados
maestros são esses que conquistam o mundo inteirinho e depois se apagam quando
a tela se suicida? E quantos deuses do vídeo-game não morrem na simulação da
vida, nessa estrada de idiotas. E quantas histórias lindas não são facilmente
descartáveis pela tirania e quantos vídeo-games bonitos não apodrecem no vento?
E quantos campeões de vídeo-games não são perdedores na vida?
Augusto
de Guimaraens Cavalcanti
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