Tão nos a dar LETRAS
Do nascer ao pôr do SOL
A cada 24 HORAS
O quarto poder assume controle
E aO ritmo DIÁRIO
Dá-se o fabrico DE NOTÍCIAS
Reality agora e show
E factos são produções fictícias
No romper da manha
O correio mete o crime em destak
Metro a metro da cidade
Uma mentira OU ataque
Dão a sensação que
O pÚblico até tem opinião
Mas não eles não querem
Que você tenha uma visão
Opinião que devo seguir
É transmitido ou impresso
Liberdade de expressão
É pa expressar o que já vem expresso
E rádios perderam o norte
E já só rumam a SW
Embriagado no super bock
O rock tá super a leste
E o ambiente não tá optimus
Pa quem vive nesta cidade
O negocio tá alive
Mas sem criatividade
Eles tão a chamar a música
De puta
A cada 15 minutos há novos
Ídolos no ponto de escuta
Eu tenho positive vibres
Mas alguma coisa ta mal
Não quero chegar a Ericeira
Fico pela marginal
Procuro mudança
Mas eu não detecto no RADAR
Mesmo com tanto oxigénio
Preciso de música pra respirar
Sufoco nos anúncios
Que se sucedem em blocos
E assuntos de micro-ondas
Desfocam-me do que merece FOCUS
Cultura de supermercado
Trás Ecoli nas intenções
O cérebro vira vegetal
Enquanto eu ouço os sabichões
Impigem-nos medo
E corremos atrás de vacinações
Mas gripe das aves contamina
Mais via televisões
They make SICk
Com tanto lixo que se ouve e se vê
É preciso pôr um ponto
no I da TV
Porque a rádio televisão
Duma família portuguesa
E pa nos prender a sala
Enquanto eles pilham a nossa mesa
Querem-me frente a TV 7dias
Mas a tv não me guia
Neste regresso ao fascismo
Depois de tanta nostalgia
Há alguém a + neste top
Subornaram a lista
É a morte do artista
Sem renascença à vista
Tiro as chaves a Diana
Pra não entrar mais em cena
E Por mais diversidade
Eu tiro os 3 à antena
Porque a Àurea e Deolinda
Já tão bueda rodadas
E a mesma horta que da Melão
Agora da morangada
Se Portugal tem?
Onde é que ta o talento
Porque eu só vejo é Manueis
À boleia pelo continente
É só laços de sangue
Esta merda é só cunhas
De resto fecham te a porta
Na cara tipo testemunhas
De Jeová
De Janeiro a Janeiro
Gritam-me venha cá
Fazem me engolir um sapo
E despedem com um até já
Famosos em alta definição
A darem me granda blá blá blá
Não tenho fibra para isto
Tenho a vida presa por um cabo
O comando é meo
Ou será deles ao fim ao cabo
Não sei onde e que tão mais perdidos
Em Portugal ou na tribo
As tribos tem bue valores
Aqui o único valor é o PIB
O mundo já foi luso
Mas lusomundo é hollywood
Com pipocas e coca cola
Pá manter um povo mudo
E a vossa selecção
Nas trás ouro e escravos a sagres
Falar em louras: Fátima
Não fazes milagres
Pondo os contras
frente a frente com os pros
Duas faces do mesmo euro
O povo continua sem voz
Transformado em fala barato
Tipo que o cérebro tem MOCHE
“P’ra sairmos desta crise
Temos que sofrer mais um coche”
Dizem que não há outra escolha
Ta tudo escolhido pelo MARCELO
Ou será pela SONAE, JERÓNIMO MARTINS
ou GRUPO MELLO
Eles são monstros
Mas tem-nos focados no José Castelo
Aberração é um governo
Que nos vai deixar a comer farelo
E a Teresa Guilherme
faz-me levar a garganta dois dedos
Porque o Parlamento
é a verdadeira casa dos segredos
E a justiça é O JOGO
E a corrupção bate o record
A bola esta nas mãos deles
Mas arrastam até que ninguém se recorde
Ela paga-se como
Qualquer actividade comercial
Palavras pa me por happy
Já não sobem o astral
É preciso uma revolução
Mas nunca mais é sábado
12 de Março acabou por ser
Mais um passeio de sábado
TV é o mensageiro diário
Do flagelo económico
Dizem que não há crise
Man isso não é cómico
FMI quer que estado
Concorra no peso pesado
Até a anorexia da democracia
E uma obesa lei de mercado
Portas e passos Coelho
Quem quer ser milionário
Um concurso do FMI
Pó seu melhor funcionário
Que sacrifique o meu hoje
Por um incerto amanha
O FMI quando vem e pá fizer
Pergunta ao Strauss Khan
Plin o fim ta perto
Perderam um país por não saber
Qual o preço certo
Desta crise
Isto cheira mal
E nem flores da Madeira trazem Brise
Bom dia Portugal
É mais um dia sem horizonte
Mas a televisão oferece dinheiro
Para ouvir a merda do teleponto
Com tanto açúcar nos morangos
É uma geração de diabetes
Pseudo rebeldia
É a adrenalina dos betos
Capitalismo tem direito de antena
No JORNAL DAS OITO
Não tenho motivos para rir
E já são 5 P’RA MEIA NOITE
Enquanto vejo CSI em Las vegas
CSI no palácio de Belém
Mostra que a Justiça é cega
Dinheiro desaparece do país
Como por magia
Hemorragia
dum povo com lobotomia
o futuro ta GREY
se não mudar a ANATOMIA
E o que é suposto
Que eu diga à minha MARIA
Se durante anos trabalhei
E agora há meses que não tiro um dia
Ela é que mete o dinheiro em CASA
Ah mulher ACTIVA
Não me sinto MAXMEN
Com a conta cativa
E ainda vêm mais
2% no IVA
E o puto já pediu a mochila
Do JUSTIN BIEBER
E o puto já pediu a mochila
Do JUSTIN BIEBER
Finacial ta ma nestes times
Acabou o LUX
As caras estão em baixo
Porque a conta não tem fluxo
Transformaram Portugal
Num mercado levante
Ninguém põe o Turbo
Mas é preciso ir AVANTE
25 de Abril, 1º de Maio
só dão na RTP MEMÓRIA
É a Mediaocridade A passar
a nossa liberdade à HISTÓRIA
Chullage
3 comentários:
Não sendo este estilo musical "a minha praia", gostei do tema da Mediaocridade, em modo RAP.
Realmente são os Mídia que dominam tudo na «ponta da unha», muitas vezes munindo-se das tais 'fakes news'. Gostei de conhecer.
Obrigada!
Volto aqui para tentar esclarecer algo que me parece, agora, ter deixado pouco claro.
Pelo título dado ao postal, creio ser a Mediocridade das gentes, o foco do Cid.
Para mim, perante a letra e o título dado ao vídeo, pelas imagens e legendas que vão formando várias palavras com o acrónimo RAP, creio ser uma crítica aos meios de comunicação social, os chamados Mídia ou Média, sem anglicismos, vá.
Logo, entendi e entendo, que a mensagem passada, nesta música falada, é uma crítica aos "fazedores de opinião". Daí, a MediaOcridade, dos que obscurecem tudo o que se passa neste nosso cantinho à beira-mar plantado.
Também poderá ser a minha imaginação às voltas, não sei.
Bom dia e obrigada por me deixar falar...:)
Muito obrigado pela visita.
Nem todas as poesias que publico são do meu TOTAL agrado porque sei que nenhum de nós se pode julgar senhor de um agrado global, claro que há limites como para tudo.
Este RAP é uma forma relativamente nova de expressão e é progressista e relata parte do que nos oprime com qualidade e sinceridade.
Muita saúde e obrigado.
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