quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Onde nem tudo o que luz é oiro - Eduardo Valente da Fonseca



Onde nem tudo o que luz é oiro

Somos talvez até um país rico,
e tivemos Camões, e tivemos
pessoa e o infante,
mas a beleza está nos escombros,
e atola-se na
areia e morre sem nos ver.
porque se eu abro a minha mão à noite
e nela
vejo as linhas do destino,
de
que me vale a história do meu povo?
Sim, é possível que a profética rosa do oriente
ainda venha pelo rio da primavera
ancorar na solidão imensa deste cais.


Eduardo Valente da Fonseca

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