segunda-feira, 22 de agosto de 2022

Manuel Gusmão - De: “Contra todas as evidências”

“Página a página abre-se um écran”

Diálogos de Manuel Gusmão com o cinema

 

De: “Contra todas as evidências”

 

Quem pode ser no mundo tão quieto

Que o não movem nem o clamor do dia

Nem a cólera dos homens desabitados

Nem o diamante da noite que se estilhaça e voa

Nem a ira, o grito ininterrupto e suspenso

Que golpeia aqueles a quem a voz cegaram

Quem pode ser no mundo tão quieto

que o não mova o próprio mundo nele

 

Manuel Gusmão

De: “Contra todas as evidências”

VIII – Tudo parece ter outra vez começado

 

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