quinta-feira, 6 de novembro de 2025

JÁ NÃO HÁ MORDAÇAS - Sidónio Muralha


JÁ NÃO HÁ MORDAÇAS


Já não há mordaças, nem ameaças, nem algemas

que possam perturbar a nossa caminhada, em que os

poetas são os próprios versos dos poemas e onde

cada poema é uma bandeira desfraldada.


Ninguém fala em parar ou regressar. Ninguém

teme as mordaças ou algemas. – O braço que

bater há-de cansar e os poetas são os próprios

versos dos poemas.


Versos brandos… Ninguém mos peça agora.

Eu já não me pertenço: Sou da hora.

E não há mordaças, nem ameaças, nem algemas

 

que possam perturbar a nossa caminhada, onde

cada poema é uma bandeira desfraldada e os

poetas são os próprios versos dos poemas.

 

 Sidónio Muralha


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