sexta-feira, 18 de novembro de 2016

POEMA ANTI-PATRIÓTICO - Joaquim Palminha Silva



POEMA ANTI-PATRIÓTICO

Tatuaram-me a alma de veleiros
padres jesuítas
e coqueiros

Tenho pensamentos de vazante
mastreações sifilíticas
existência sem sextante.

Que Índia me pirateou os cabelos
que papagaio me entaramela a língua
que remorso me dobra o joelho
que presente me mata à míngua?

Alcoolizado de Descobertas
ando à cabeçada aos padrões
delirium tremens camoniano
até ao tutano.




Sem comentários: