(Bertolucci pai e filho)
Bernardo aos cinco anos
A dor está no teu tímido olhar
Na mão infantil que saúda tímida,
A dor dos dias que virão
Já pesa na tua frágil ossatura.
Num dia de outono que deslisa
Quieto os seus fios de névoa no sol
O jogo acabou de repente,
Deixou-te só onde o caminho acaba.
Maravilhado por tantas folhas no chão
Numa noite, que a todos aqui
Um pensamento surgiu na mente
Da estação que se aproxima rápida.
Saudaste com um leve aceno
E um sorriso cúmplice, permaneceu
Sombra na sombra, um instante, agora corres
A refugiares-te na nossa ansiedade.
Bernardo
a cinque anni
Il
dolore è nel tuo occhio timidoNella mano infantile che saluta senza grazia,
Il dolore dei giorni che verranno
Già pesa sulla tua ossatura fragile.
In un giorno d’autunno che dipana
Quieto i suoi fili de nebbia nel sole
Il gioco s’è fermato all’improviso,
Ti ha lasciato solo dove la strada finisce
Splendida per tante foglie a terra
In una notte, sì che a tutti qui
È venuto un pensiero nella mente
Della stagione che s’accosta rapida.
Tu hai salutato con un cenno debole
E un sorriso patito, sei rimasto
Ombra nell’ombra un attimo, ora corri
A rifugiarti nella nostra ansia.
Attilio Bertolucci
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