DE QUEM SÃO
à Raquel e ao Antunes Ferreira
de quem são
todas estas mãos
dentro dos
meus bolsos vasculhando
o cotão à
procura da última moeda
perguntava
para consigo aquele
que fingia
desconhecer quem governava
pobre
companheiro de jornada teus olhos
nesse musgo
enredado que cega
mereciam o
grande prémio do apoio
a quem em ti
se apoia sem pudor
na terra roubada
e no muito suor
silêncio é
então o que respondes
receoso de
que tenham instituído
de novo
aquela polícia tão secreta
e que se
metia em toda a parte e ouvia
o bater do
teu coração como prova de culpa
levanta-te
meu caro e prepara-te
o pontapé é
agora já todos sabemos
que tem de
ser agora: afia a bota que
de todos
esses monstros de rapina
nem um deve
ficar de amostra ou pista
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