segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Rosa Luxemburgo - poema e filme



05-03-1871 --- 15-01-1919

O interrogatório de Rosa Luxemburgo

O interrogatório
De Rosa Luxemburgo
Durou apenas algumas horas. Ela sabia
Tão bem como os seus carcereiros
Que palavras ali já não existiam. Caída
Na batalha
Contra o nervo vital do Estado; banhada
Em sangue
E quase sem sentidos,
Rosa,
Frágil camarada,
Pediu aos caçadores seus assassinos
Agulha e linha. E, silenciosamente,
Com uma pistola apontada à têmpora,
Coseu a bainha da saia que se encontrava
Descosida. Pouco depois
O cadáver
Foi lançado à água.


“Aqui o capitalismo revela a sua caveira, aqui confessa que o seu direito de existir caducou, que a continuação do seu domínio já não é compatível com o progresso da humanidade”

“A barbárie reaparece, mas desta
vez,  engendra no seio da própria civilização e é parte integrante.
É uma barbárie leprosa, a barbárie como lepra da civilização”.
Karl Marx

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