Ano Novo
Ficção de que começa alguma coisa!
Nada começa: tudo continua.
Na fluida e incerta essência misteriosa
Da vida, flui em sombra a água nua.
Ficção de que começa alguma coisa!
Nada começa: tudo continua.
Na fluida e incerta essência misteriosa
Da vida, flui em sombra a água nua.
Curvas do rio escondem só o movimento.
O mesmo rio flui onde se vê.
Começar só começa em pensamento
![](http://4.bp.blogspot.com/-dPavWmmgeXg/VoGYDbyadII/AAAAAAAAWmo/t1TgPwyXn-M/s1600/pessoa23.jpg)
In Poesia 1918-1930, Assírio & Alvim
ed. Manuela Parreira da Silva,
Ana Maria Freitas, Madalena Dine, 2005
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