domingo, 1 de novembro de 2020

ABRIL DE NOVO - Comício na Moita

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ABRIL DE NOVO

 

Aos olhos de um homem são

vem Abril e subsiste o dilema:

se é o travo amargo da desilusão

ou o cravo que ponho no poema.

 

Persista a constância de lutar

e a flor que for terá a cor precisa

de um cravo vermelho a ondular

na mão mais limpa e mais concisa.

 

A seu lado um filho pela mão,

que é tudo quanto ao futuro doa,

um filho, que é fruto do coração,

 

e que aos poucos cuida e afeiçoa

como semente de nova floração,

esse, que é o cravo puro em pessoa.

 

João de Sousa Teixeira

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