O 25
de Abril não admite neutralidade
(Multi-realismo
– Uma suGestão de RearmaMento Estético)
A
neutralidade respira ideologia.
A
neutralidade transpira ideologia.
A
neutralidade vomita ideologia.
A
neutralidade é um dos expedientes primários da capitulação & uma das pompas
litúrgicas do negocismo. A paz não deve premiar corsários & ventríloquos,
manequins & marioNets da Cultura
& da Educação, da Informação & do Espectáculo. Não há tréguas entre
bolsistas/borlistas do Sistema & ludibriados/ofendidos do Sistema. Não há
núpcias (Recomendáveis) entre castratori/castrati
& revolucionários/homens/mulheres livres.
Aqui
se recusa o Princípio da Inocência das Artes & o Princípio da Oficialização
da Verdade.
Não
podemos manter-nos periféricos nas decisões centrais.
Não
devemos ocultar o sofrimento & a felicidade da razão.
Procuremos
afinar as cabeças, as mãos & as vozes, reabilitando as expedições ao nosso
íntimo & ao coração dos condenados da
Terra. Participemos nas células de sabotagem/implosão do Capitalismo
CaniBalístico & da MerdiCultura Nacional & Universal.
Inauguremos
um novo Parque das Nações, denunciando a vacuidade dos Dantas Electrónicos, dos
letristas & intérpretes do Pimba Global, dos opinion-makers USA & deita fora, dos mediadores do
Totalitarismo PalhAcento, da DemagOrgia Infecto-Contagiosa, do Populismo
Antipopular, do VAMPirismo enceFálico, do jet-set
do crime & do ridículo, do Grande PatroNATO da fome, da Guerra, do
AnalfaBestismo.
Intelectuais,
Artistas!
Proclamemos,
como prioridade constituinte, uma empresa multi(nacional) do Novo Bom Senso & de Novo Bom Gosto.
Busquemos
um novo Admirável Mundo Novo.
Derrotemos
o persistente Triunfo dos Porcos.
Fora
com os passageiros da passividade.
Fora
com os decOraDores do sistema.
Fora
com os bonEcos das corporações.
Fora
com o fast-food culturAnal.
Fora
com o Ocidente sem Oriente.
Fora
com o Norte sem Sul.
O
Dólar não é uma Casa de Sonho.
O
Euro não se troca por Melancolia.
Viva
a GloBalização da Humanidade.
Viva
a GloBalização da Identidade.
Viva
a GloBalização da Racionalidade.
Viva
a GloBalização da Rebeldia.
Viva
a GloBalização da Fantasia.
Viva
a GloBalização da Alegria.
O
Multi-Realismo (só) pretende que olhemos & escutemos com olhos de ver &
ouvidos de ouvir os esplendores & os horrores, as paixões & os
desenganos de estar desperto (no meio) de funâmbulos & sonâmbulos,
delinquentes pérfidos & gentis, vítimas de todos os continentes & de
todas as ilhas & de (também) estar entre indesarmáveis.
O
Multi-Realismo ambiciona confrontar o Homem Estético com uma Missão
Transtemporal & Transespacial & simultanramente Concreta &
Definível na idade da Pedra Atómica, na Idade do Ferro Chip.
O
Multi-Realismo apela aos insurrectos do Presente por um outro Presente &
pelo Presente do Futuro (para que) se alistem nas Verdadeiras Prioridades da
Pátrias & do Planeta, reorganizando as forças do optimismo contra os que
simulam não pertencer ao género humano.
O que não é fácil. Mas é inadiável.
César
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