Rosa de Hiroshima
Pensem nas crianças mudas, telepáticas
Pensem nas meninas cegas, inexatas
Pensem nas mulheres, rotas alteradas
Pensem nas feridas como rosas cálidas
Mas, oh, não se esqueçam da rosa, da rosa
Da rosa de Hiroshima, a rosa hereditária
A rosa radioativa, estúpida e inválida
A rosa com cirrose, a anti-rosa atômica
Sem cor, sem perfume, sem rosa, sem nada
Vinícius de Moraes
06.08.1945 – Hiroshima: os relógios pararam às 8:15
2 comentários:
O poema é de Vinícius de Moraes. Abraço.
Muito obrigado pela atenção.
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