DOPOSTORIA
(sinfonia da infâmia)
Indefesos
e frágeis, sabemos
que o único feito que nos torna invencíveis
é estarmos disponíveis | Inés Manzano
Não foram necessárias botas nem paus...
A infâmia aprendeu a abrir caminho
com uma arma mais subtil e legal:
o marketing / o monopólio do que se disse
e se deve acreditar. Os votos amarelos
junto ao colaboracionismo branco-amarelo
a consagraram.
que o único feito que nos torna invencíveis
é estarmos disponíveis | Inés Manzano
Não foram necessárias botas nem paus...
A infâmia aprendeu a abrir caminho
com uma arma mais subtil e legal:
o marketing / o monopólio do que se disse
e se deve acreditar. Os votos amarelos
junto ao colaboracionismo branco-amarelo
a consagraram.
O mal sabe disfarçar-se, estar em dia com a moda
(Se corta o bigode, conserva a barba rija).
A ideologia da não-ideologia.
O benefício de uns poucos
à custa da fome de muitos
foi eleito por uma mínima maioria
para o bem de outra rançosa
e persistente minoria.
(Se corta o bigode, conserva a barba rija).
A ideologia da não-ideologia.
O benefício de uns poucos
à custa da fome de muitos
foi eleito por uma mínima maioria
para o bem de outra rançosa
e persistente minoria.
Ganhaste Mordisquito | tiveste o teu 22 de novembro |*
Ganhaste, mas há que dizê-lo: perdeste.
(Ganharam-te).
Entristece a tua alegria
Tanto como rebenta a alegria dos acachapados.
Dos confabuladores. A alegria conservadora
Ganhaste, mas há que dizê-lo: perdeste.
(Ganharam-te).
Entristece a tua alegria
Tanto como rebenta a alegria dos acachapados.
Dos confabuladores. A alegria conservadora
que está ao lado / direito
da alegria de todos.
Talvez no entanto não seja tempo
de considerar os nossos erros.
Nem, ao menos, desde a língua da tristeza.
(Isso fica para depois)
Tampouco conformar-se
no calor dos fogos cruzados.
A tristeza tem outra temperatura...
que terá que ser temperada
recuperar lentamente,
laboriosamente, a alegria.
Um trabalho de resistência.
A tristeza tem outra temperatura...
que terá que ser temperada
recuperar lentamente,
laboriosamente, a alegria.
Um trabalho de resistência.
De fé neste povo
que tem alma de cigarra.
Porque assim como sabe enterrar-se,
sabe também reinventar-se
e recupere a Memória.
Ainda que, entretanto, custe sonhos
e custo – imperdoavelmente, vidas também.
A democracia pode estar em festa,
é certo... mas a Pátria
chora hoje - estes velhos
lutos.
que tem alma de cigarra.
Porque assim como sabe enterrar-se,
sabe também reinventar-se
e recupere a Memória.
Ainda que, entretanto, custe sonhos
e custo – imperdoavelmente, vidas também.
A democracia pode estar em festa,
é certo... mas a Pátria
chora hoje - estes velhos
lutos.
Andres
Kischner
*22 de novembro refere as eleições presidenciais de
2015 na Argentina, e “Mordisquito” [Dentadinha] diminutivo da personagem criada
pelo poeta Enrique
Santos Discépolo.
DOPOSTORIA
un poema de Andrés Kischner
(sinfonía de la infamia)Indefensos y frágiles sabemos
que el único suceso que nos torna invencibles
es tenernos a mano | Inés Manzano
No hicieron falta botas, ni palos…
La infamia aprendió a abrirse paso
con un arma más sutil y legal:
el marketing / el monopolio de lo que se dice
y debe creerse. Los votos amarillos
junto al colaboracionismo blancoamarillo
la consagraron.
El mal sabe disfrazarse, agiornarse a la moda
(si se afeita el bigote, conserva su dura Barba).
La ideología de la no ideología.
El beneficio de unos pocos
a costa del hambre de muchos
fue elegido por una mínima mayoría
para bien de otra rancia
y persistente minoría.
Ganaste Mordisquito |tuviste tu 22 de noviembre|.
Ganaste, pero hay que decirlo: perdiste.
(Te ganaron).
Entristece tu alegría.
Tanto como revienta la alegría de los agazapados.
De los confabuladores. La alegría conservadora
que está al costado / derecho
de la alegría de todos.
Quizás no sea tiempo todavía
de considerar nuestros errores.
No, al menos, desde la lengua de la tristeza.
(Eso queda para las ranas frías).
Tampoco de conformarse
al calor de los fuegos cruzados.
La tristeza tiene otra temperatura…
que habrá que templar
para recuperar lentamente,
trabajosamente, la alegría.
Un trabajo de resistencia.
De Fe en este pueblo
que tiene alma de cigarra.
Porque así como sabe enterrarse,
sabe también reinventarse
y recuperar la Memoria.
Aunque este mientras tanto cueste sueños
y cueste -imperdonablementetambién
vidas.
La democracia puede estar de fiesta,
es cierto… pero la Patria
llora hoy -en esteviejos
lutos.
Andres Kischner
(Buenos Aires,
1978). Es profesor de filosofía y se encuentra compilando la obra de
Enrique Santos Discépolo. Publicó los poemarios Cuaderno violeta (2015)
y Cuaderno naranja (2016). Integra la antología Los
sobrinos bastardos de Arlt (2015). Administra el blog | A las cinco
en punto de la tarde
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