O Filho do Homem
O mundo parou
A estrela morreu
No fundo da treva
O infante nasceu.
A estrela morreu
No fundo da treva
O infante nasceu.
Nasceu num estábulo
Pequeno e singelo
Com boi e charrua
Com foice e martelo
Pequeno e singelo
Com boi e charrua
Com foice e martelo
Ao lado do infante
O homem e a mulher
Uma tal Maria
Um José qualquer.
O homem e a mulher
Uma tal Maria
Um José qualquer.
A noite o fez negro
Fogo o avermelhou
A aurora nascente
Todo o amarelou.
Fogo o avermelhou
A aurora nascente
Todo o amarelou.
O dia o fez branco
Branco como a luz
À falta de um nome
Chamou-se Jesus.
Branco como a luz
À falta de um nome
Chamou-se Jesus.
Jesus pequenino
Filho natural
Ergue-te, menino
É triste o Natal.
Filho natural
Ergue-te, menino
É triste o Natal.
1 comentário:
Gostei bastante deste bonito poema de Vinicius, que não conhecia.
Também começo a encarar o Natal com alguma tristeza.
Tantas luzes e fartura a par com tanta dor, breu e tristeza.
É preciso que o Menino se erga e renasça e mude tudo, tudo...
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