Sidónio Muralha
ROTEIRO
parar. parar não paro.
esquecer. esquecer não esqueço.
se carácter custa caro
pago o preço
pago embora seja raro.
mas o homem não tem avesso
e o peso da pedra eu comparo
à força do
arremesso
um rio, só se for claro.
correr, sim, mas sem tropeço.
mas se tropeças
não paro
- não paro nem mereço.
e que ninguém me dê amparo
nem me pergunte se
padeço.
não sou nem serei avaro
- se carácter custa caro
pago o preço.
(poemas de abril, prelo, 1974)
Sem comentários:
Enviar um comentário