terça-feira, 21 de abril de 2020

Portugal (Fado Tropical) - Gorges Moustaki


 
Portugal (Fado Tropical)

Oh muse ma complice
Petite sœur d'exil
Tu as les cicatrices
D'un 21 avril*

Mais ne sois pas sévère
Pour ceux qui t'ont déçue
De n'avoir rien pu faire
Ou de n'avoir jamais su

A ceux qui ne croient plus
Voir s'accomplir leur idéal
Dis leur qu'un œillet rouge
A fleuri au Portugal

On crucifie l'Espagne
On torture au Chili
La guerre du Viêt-Nam
Continue dans l'oubli

Aux quatre coins du monde
Des frères ennemis
S'expliquent par les bombes
Par la fureur et le bruit

A ceux qui ne croient plus
Voir s'accomplir leur idéal
Dis leur qu'un œillet rouge
À fleuri au Portugal

Pour tous les camarades
Pourchassés dans les villes
Enfermés dans les stades
Déportés dans les îles

Oh muse ma compagne
Ne vois-tu rien venir
Je vois comme une flamme
Qui éclaire l'avenir

A ceux qui ne croient plus
Voir s'accomplir leur idéal
Dis leur qu'un œillet rouge
À fleuri au Portugal

Débouche une bouteille
Prends ton accordéon
Que de bouche à oreille
S'envole ta chanson

Car enfin le soleil
Réchauffe les pétales
De mille fleurs vermeilles
En avril au Portugal

Et cette fleur nouvelle
Qui fleurit au Portugal
C'est peut-être la fin
D'un empire colonial

Et cette fleur nouvelle
Qui fleurit au Portugal
C'est peut-être la fin
D'un empire colonial

*Ele fala da sua própria musa, das suas irmãs de exílio e das suas cicatrizes: evocando claramente o 21 de abril de 1967, quando do golpe de Estado na Grécia.

Portugal

Oh musa, minha cúmplice
Pequena irmã do exílio
Tens as cicatrizes
De um 21 de abril

Mas não são severos
Para aqueles que os desapontaram
De nada ter feito
Ou de não ter jamais sabido

Para aqueles que não acreditam mais
Ver cumprir-se seus ideais
Diz-lhe que um cravo vermelho
Floresceu em Portugal

Crucificados na Espanha
Torturados no Chile
A guerra do Vietnã
Continua no esquecimento

Nos quatro cantos do mundo
Irmãos inimigos
Explicam-se pelas bombas
Na fúria e no barulho

Para aqueles que não acreditam mais
Ver cumprir-se seus ideais
Diz-lhe que um cravo vermelho
Floresceu em Portugal

Para todos os camaradas
Perseguidos nas cidades
Fechados em estádios
Deportados nas ilhas

Oh musa minha companhia
Não vês nada vir
Vejo como uma chama
Que ilumina o futuro

Para aqueles que não acreditam mais
Ver cumprir-se seus ideais
Diz-lhe que um cravo vermelho
Floresceu em Portugal

Podes abrir uma garrafa
Pega teu acordeão
E que de boca em boca
Segue tua canção

Porque finalmente o sol
Aquece as pétalas
Das flores vermelhas
Em abril em Portugal

E esta nova flor
Que floresce em Portugal
É talvez o fim
De um império colonial

E esta nova flor
Que floresce em Portugal
É talvez o fim
De um império colonial

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